terça-feira, 29 de abril de 2008

Obras no furo da Parreira

Desde Novembro de 2007 que a situação do arsénio no furo da Parreira, que abastece a população, se encontra por resolver, prevendo-se agora o início das obras para o próximo mês de Maio.

Luís Chora

terça-feira, 22 de abril de 2008



O ciclo da água em diferentes zonas climáticas do mundo, demonstrado com exemplos da Alemanha (esquerda) e da Namíbia (direita). Tendo em conta o seu volume ou massa (km3, m3), pelo que os seus valores são de difícil comparação.


Fig.1:ciclo da água


Neste pequeno esquema podemos fazer uma pequena comparação entre duas realidades completamente distintas, países mais secos, com maior dificuldade na obtenção de recursos hídricos (Namíbia), e por outro lado países mais ricos em recursos hídricos (Alemanha).
Ao observarmos as duas figuras deparamo-nos imediatamente com a diferença na cor da vegetação, ou seja, como já era de esperar e seguindo a lógica da natureza os países mais pobres em recursos hídricos irão ter uma vegetação mais seca e uma menor biodiversidade, afectando também a diversidade da agricultura.
Podemos também observar que a Alemanha possui recursos hídricos à superfície de maiores dimensões, o que facilita o acesso à água por parte do Homem e também ajuda no alargamento da diversidade da fauna e da flora, diminuindo os riscos de seca da região. A biodiversidade desempenha também um papel fundamental na quantidade de água existente á superfície mas também nos lençóis de água, pois será a biodiversidade a origem da evapotranspiração, que juntamente com a evaporação dá origem às nuvens que mais tarde irão precipitar e enriquecer os lençóis freáticos e a superfície de recursos hídricos efectuando a recarga dos mesmos.
Quanto à infiltração da água, a flora desempenha um papel fundamental, pois as suas raízes criam obstáculos à passagem da água à superfície o que facilita a sua infiltração e novamente o consequente enriquecimento dos lençóis freáticos, esta infiltração diminuirá a percentagem da escorrência superficial.
A última observação que podemos realizar é que a espessura do solo até atingir os lençóis freáticos é maior nas zonas mais secas, pois a Alemanha dispõe de lençóis freáticos mais próximos da superfície o que também facilita a extracção de água.

Luís Chora

terça-feira, 15 de abril de 2008

Análises de Água - Condutividade

A condutividade é uma medida da capacidade de conduzir a corrente eléctrica. A unidade da condutividade é µs/cm. Existem vários factores que influenciam a condutividade de uma água, entre os quais se destacam:

  1. O tipo de iões presentes na água e a concentração dos mesmos;
  2. A força iónica da água – medida existente no campo eléctrico devido aos iões presentes na água;
  3. Temperatura.

O factor temperatura interfere na mobilidade dos iões afectando, assim, a condutividade das soluções. A medição da condutividade serve para:

  1. Verificar a pureza de uma água destilada ou desionizada;
  2. Verificar variações nas concentrações das águas minerais;
  3. Calcular o teor em substâncias iónicas dissolvidas.



Normalmente quando se refere um valor de condutividade da água é à temperatura de 25 Cº, caso a temperatura de medição seja diferente é necessário efectuar a correcção do valor obtido, utilizando a seguinte expressão de cálculo:
C25ºC = CT x f
em que:
C25º C = condutividade a 25º C
CT = Condutividade à temperatura T
f = factor de correcção determinado a partir de tabelas existentes para o efeito.

A condutividade de uma água é determinada em águas destinadas para consumo humano. Nas águas residuais, a presença de matéria orgânica não provoca o aumento da condutividade. Para proceder à determinação da condutividade de uma água é necessária uma célula condutimétrica ligada a uma ponte de Wheatstone.
Quanto mais quente é uma água mais liberdade de movimento têm os iões, que são os condutores da corrente eléctrica. Por isso é de esperar que quanto mais elevada for a temperatura mais elevada será a condutividade da água.

Ana Martins e Nuno Alves

terça-feira, 1 de abril de 2008

Tratamento de Águas Subterrâneas

O tratamento da água para consumo humano é essencial para garantir a sua potabilidade, isto é, promover a protecção da população de modo a que água seja agradável ao paladar e à vista da população.
Na Natureza a água está em constante
ciclo, denominado de ciclo hidrológico da água.
A água para consumo humano pode ter duas origens: superficial ou subterrânea. A água superficial é captada em rios, ribeiras, albufeiras e barragens. No que respeita à água subterrânea, esta tem origem em nascentes, lençóis freáticos, furos e poços. Independentemente da sua origem, toda água destinada a consumo passa pela ETA (Estação de Tratamento de Águas).
A água de origem subterrânea, normalmente, tem um grau de poluição menor, recebe menos tratamentos na ETA. De um modo geral, a água subterrânea não contem oxigénio dissolvido. No entanto, existe a presença de dióxido de carbono (CO2), ferro (Fe2+), manganês (Mn), amónia (NH3) e em algumas zonas de agricultura a presença de nitratos (NO3) e alguns pesticidas.
De acordo com a constituição da água, esta sofre o tratamento adequado. Assim:
Arejamento – Serve para oxigenar a água, de modo a retirar o dióxido de carbono;
Filtração – Utilizados
filtros de areia, de modo a eliminar o ferro, manganês e possível amónia;
Desinfecção – Geralmente é feita através de uma solução de hipoclorito de sódio (NaOCl). Este processo de tratamento indispensável, uma vez que esse processo destrói os microrganismos patogénicos (transmissores de doenças), da água. Mesmo que a água não esteja contaminada é sempre necessário este tratamento, uma vez que pode existir a possível contaminação através dos sistemas de adução e de distribuição.
• No caso de existirem nitratos e pesticidas na água, este são removidos através de tratamentos específicos.

Ana Martins e Nuno Alves

Água, um recurso cada vez mais cobiçado



Como todos nós sabemos a água é um recurso essencial à vida no Planeta Terra. Por este ser um recurso de reservas limitadas o seu uso racional é cada vez mais discutido, pois teme-se que este se torne um recurso escasso e degradado.

Nos dias que decorrem fala-se cada vez mais na seca que afecta os países menos desenvolvidos e com temperaturas mais elevadas. Países como a Somália, Afeganistão, Etiópia entre outros, são cada vez mais tidos em conta a nível de escassez de água, mas é necessário alertar a população mundial, pois este não é um problema local mas sim global, tendo em conta que cada vez mais a procura de água suplanta a oferta. Num futuro não muito distante todos nós poderemos sofrer as consequências de uma gestão desequilibrada dos recursos hídricos, pois esta irá provocar a escassez de água em grande parte do globo e a degradação dos mesmos recursos onde estes existirem.

Da água que existe na Terra, apenas 3% é água doce. Destes, 2,3% encontram-se nas calotes polares e somente 0,7% se distribui por lagos, rios, lençóis subterrâneos e atmosfera. É esta a escassa quantidade de água directamente disponível para o Homem.

Nos últimos 50 anos, a população mundial reduziu as reservas totais de água em cerca de 62,7%. Na América do Sul essa diminuição chega aos 73% e no continente africano aos 75%.
Esta diminuição das reservas de água devesse ao desenvolvimento de bombas de extracção de água muito potentes que conseguem extrair mais água do que a chuva é capaz de repor nos aquíferos.
Os danos da extracção desmedida podem ser já observados nas secas cada vez mais constantes e prolongadas, na erosão dos solos e na desertificação dos ecossistemas, que devastam diversos países.

A disponibilidade de água tornou-se cada vez mais um desafio. Segundo um estudo da ONU o consumo mundial, que rondava os 2 mil metros cúbicos per capita por ano em 1960, chegou aos 4,3 mil metros cúbicos nos anos 90 e continua num crescimento impetuoso. Para além de um aumento do consumo individual, em cada ano mais de 80 milhões de pessoas reclamam o seu direito aos recursos hídricos da Terra. Para agravar a situação sabe-se que, dos 3 000 milhões de habitantes que devem nascer nos próximos 50 anos, a sua quase totalidade nascerá em países que já sofrem de escassez de água.

Se os países carentes de recursos hídricos não estabelecerem medidas urgentes no sentido de estabilizar a população e melhorar a eficiência hídrica, a escassez de água em pouco tempo conseguirá matar milhões de pessoas em todo o mundo, devido não só à sede mas também à falta de alimentos.

Fonte:
Informação - http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=2195&iLingua=1
Imagem - http://www.greenpeace.org.br/amazonia/galeria/images/7.jpg

Luís Chora